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Nesta página, você castilhense ficará conhecendo um pouco mais da história da sua cidade. Leia com atenção.
Nas terras do atual Município de Júlio de Castilhos, em tempos imemoráveis, vagavam os índios tapes. No inicio do Séc. XVII, foram encontrados pelos jesuítas da Companhia de Jesus que os reuniram e os organizaram em uma aldeia: a Redução de Natividade de Nossa Senhora, fundada em 1633 pelo Pe. Pedro Alvarez, que poderia estar localizada dentro dos limites do atual município. Temendo o ataque dos bandeirantes, que caçavam índios para vendê-los aos engenhos do norte, em 1638, foi abandonada em uma fuga para além do Rio Uruguai. Meio século depois, os jesuítas começam a voltar fundando os Sete Povos das Missões (1660 a 1690) e as grandes estâncias jesuíticas. Duas delas estariam em terras do atual município: a Estância de São Pedro e a de Santo Antônio, pertencentes ao Povo de São Lourenço. Eram terras do domínio espanhol até 1801, quando houve a Conquista das Missões pelos portugueses. Começa então o povoamento da região. Chegam os pioneiros na ocupação das terras do atual município: paulistas e paranaenses. Entre eles, de 1809 a 1811, André Pereira Garcia e Manuel Moreira Pais. Em 1812 ou 1813, chega João Vieira de Alvarenga, jovem com cerca de 24 anos, sua mulher Maria Rosa de Morais e seu primeiro filho, o menino Manoel, e alguns escravos, ocupando terras devolutas entre os pioneiros citados, cujo título de Sesmaria ele teria recebido em 1826. Escolheu o alto da Coxilha do Durasnal, onde hoje é o centro da cidade, ali estabelecendo seus ranchos e mangueira começando a criar gado. O local do rodeio teria sido o da atual praça que leva seu nome. O local, entre São Martinho e Cruz Alta, era ponto de pouso e sesteada de tropeiros de mulas e ele denominou sua fazenda de 'Boa Vista', que pode ser considerado como o primeiro topônimo de Júlio de Castilhos. Com o tempo, o lugar ficou sendo mais conhecido como 'o João Vieira'. Em 1834, surgiu o Município de Cruz Alta, desmembrado do de Rio Pardo. O atual Município de Júlio de Castilhos ficava em terras de seu Distrito de São Martinho. O generoso e bem estimado curitibano João Vieira de Alvarenga, que se dedicava mais a carretear, levando erva para o Uruguai, deixou que muitos se estabelecessem junto à sua fazenda, no desejo de vê-la transformada em um povoado. Em 1870, procedia-se o traçado e demarcação das ruas e praça da incipiente povoação que passou a ser conhecida como Povo Novo. Em 1876, com a emancipação de São Martinho, foi criado o seu 2º Distrito de Povo Novo. Em 17 de junho de 1877, Manoel Vieira de Alvarenga que herdou a área do Povo Novo, por falecimento de seu pai em 1856, faz a doação oficial de uma área de 43 hectares que ocupa grande parte do centro da atual cidade. Essa data pode ser considerada como a de Fundação da Cidade de Júlio de Castilhos. Em 1885, foi trocada a denominação do lugar para Vila Rica e, em 14 de julho de 1891, emancipado de São Martinho, passou a constituir o Município de Vila Rica. De início teve duas Comissões Administrativas composta de cinco pessoas e, em fins de 1892, foi nomeado o primeiro intendente (prefeito) provisório, Gonçalo Soares da Silva. Em fins de 1896 houve a Primeira Eleição do Município, com a vitória do Capitão Luiz Gonzaga de Azevedo. De 1905 em diante, homenageando seu filho mais ilustre, a cidade passou a denominar-se JÚLIO DE CASTILHOS. (Firmino Costa)
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