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Em 1889, a imigração europeia chegou à região onde hoje se encontra Barão do Triunfo. Os colonos desembarcaram em Charqueadas, porto do Rio Jacuí, e daí rumaram em carroças puxadas por bois até o local chamado Faxinal, onde foram alojados em barracões construídos pelo governo, até se instalarem definitivamente nos lotes de imigração. Partindo de Faxinal com suas famílias e todos os seus pertences (ferramentas rudimentares fornecidas pelo governo da província, tais como foices, machados, picões, enxadas, facões) iam abrindo seu próprio caminho e traçando seu destino. A caminhada foi penosa. Em todo o trajeto foram encontradas dificuldades que retardavam o avanço, tais como animais selvagens, matas de difícil penetração, terreno acidentado, etc. Chegando ao local de destino, os imigrantes foram distribuídos em linhas já demarcadas. Os italianos foram assentados nas linhas Dona Francisca, Dona Amélia, Estrada Geral e no local que havia sido destinado para ser a sede da Colônia de Barão do Triunfo. Esse nome foi escolhido em homenagem ao general José Joaquim de Andrade Neves, que se destacou na Guerra dos Farrapos, entre 1835 e 1845. Os poloneses também ocuparam parte da Estrada Geral e do local que hoje é conhecido como Arroio Grande. Os alemães foram assentados nas linhas Artur Vilela, Alfredo Silveira e Fernando Abott. Os espanhóis ficaram em parte das linhas Alfredo Silveira, Acioli, Brandão e José Montauri. Os suecos, os austríacos e os franceses, que estavam em pequenos grupos, foram distribuídos em todas as linhas. Depois de alojados em seus lotes e adaptados ao meio, iniciou-se efetivamente a colonização. Mesmo sem tecnologia para a agricultura, as colheitas eram fartas, devido à fertilidade das terras. Cada grupo de imigrantes produzia o que conhecia de seu país de origem. A produção gradativamente foi aumentando. O excedente da produção passou a ser comercializado nas cidades próximas, como Barra do Ribeiro, Guaíba, Arroio dos Ratos e São Jerônimo. Eram os carroceiros da vila que realizavam o transporte: com seus carroções puxados por burros, eles levavam os produtos, que trocavam por outros não existentes na localidade. Essas viagens levavam por volta de quinze dias, e, entre os produtos comercializados, destacavam-se o vinho, a cachaça, o trigo, o milho e o feijão. Nos primeiros anos, houve um período de progresso na localidade. Os imigrantes aproveitaram as quedas d?água do local para instalarem pequenas serrarias, moinhos de trigo e milho, descascadeiras de arroz e, também, para produzir energia elétrica. Porém, houve um fator que contribuiu decisivamente para o atraso do desenvolvimento do distrito de Barão do Triunfo, que foi o desastre ecológico ocorrido no dia 15 de janeiro de 1941, quando uma grande enchente destruiu, em poucos minutos, residências, moinhos, serrarias, plantações, cantinas, criações, pontes e pontilhões. O próprio leito do Arroio Baicuru, em certos trechos, foi desviado pela violência das águas. Somente a ponte de Faxinal ficou em pé. Durante dois anos, o distrito ficou isolado do resto do município. Passou a faltar tudo. A agricultura foi destruída e de fora nada podia chegar, pois não havia estradas, nem pontes; só a pé ou, raramente, a cavalo se podia ainda chegar ali. Muitos foram embora, para tentar a sorte em outros lugares. Os que permaneceram tiveram que recomeçar do nada, como seus antepassados. Após muita luta e perseverança, vieram dias melhores. Um fator que contribuiu para minimizar o impacto da enchente foi a criação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais em Barão do Triunfo. Por iniciativa do vigário local, padre José Wiest, o sindicato foi fundado no dia 13 de setembro de 1963, tendo como primeiro presidente Adario Salatti e como secretário Ludvig Baselevitz. Contava no momento da fundação com 113 associados, chegando hoje a ter mais de quatro mil trabalhadores sindicalizados.
Barão do Triunfo (RS). Prefeitura. Disponível em: http://www.pmbaraodotriunfo.com.br/novo_site/index.php?nivel=1&exibir=secoes&ID=1. Acesso em: 10 jun. 2017.
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