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Em 1827, o Brasil, que se encontrava separado de Portugal há cinco anos, era governado pelo imperador D. Pedro I. Enquanto o Rio de Janeiro começava a constituir a sua Corte Imperial, com fazendeiros e coronéis ganhando títulos de barões e viscondes, a vida no interior de Minas Gerais transcorria calmamente com a prática de atividades da pecuária, da lavoura e do comércio e a dedicação aos ofícios religiosos. Era nesse ambiente simples, de terras verdes e colinas, que, numa região que ia de Caldas até Andradas, no sul daquele Estado, vivia João Manoel de Pontes, rodeado de parentes e assentados ligados entre si. No início do século XIX, João Manuel, enfrentava numerosas dívidas e dificuldades em seus negócios. Sua esposa, Escolástica Maria Rosa, falecera com apenas 28 anos, vítima de hanseníase. Apenas quatro meses depois, no dia 9 de setembro de 1823, João Manuel casou-se com Ana Benedita de Oliveira. Na época, todos comentavam a beleza do sertão paulista conhecido pelas suas terras 'vermelhas como sangue', já que até as roupas dos sertanistas que regressavam para Minas Gerais estavam impregnadas dessa cor. Como tinha pouco a perder e grande desejo de aventura, Pontes organizou, com alguns parentes, amigos, agregados e três escravos, além da mulher e dos filhos, uma marcha rumo ao noroeste. A comitiva foi a pé, com carros de boi, cavalos e burros levando os apetrechos necessários para a jornada. No grupo estavam: Manuel Jacinto de Pontes e Antônio Maciel de Pontes, este ainda criança, filhos de João Manoel, e seu genro Antônio Quirino de Souza Benevides. Também seguiram o mesmo caminho o seu irmão Domiciano Manuel de Pontes, seus cunhados Antônio Joaquim da Rocha e José Antônio de Melo e seu amigo Antônio João Ferreira, todos oriundos de Caldas. Após meses de jornada, os valentes aventureiros alcançaram o território onde hoje se encontram as cidades de Sertãozinho e Pontal e o Distrito de Santa Cruz das Posses. Naquela época, porém, a região era coberta por uma mata cerrada. João Manuel, em 1827, chegou até um ribeirão, o córrego do Sertãozinho, e o percorreu de sua cabeceira até a foz no Rio Mogi-Guaçu. Também explorou todos os afluentes da região, tomando posse do território, que denominou Fazenda do Sertãozinho do Mato Dentro. Uma medição posterior apurou que essa área chegava a 13.768 alqueires. Em 1847, ano da morte de João Manuel de Pontes, a família dominava aproximadamente 25 mil alqueires e começou a se dedicar mais ao cultivo das terras e a construção de benfeitorias para os que ali habitavam. Os sucessivos casamentos, inventários, heranças, partilhas, negócios de compra e venda, permutas e doações transformaram Sertãozinho numa enorme colcha de retalhos, constituída de pequenos sítios, chácaras e fazendas. Para se ter uma idéia, cem anos após a chegada dos primeiros posseiros, em 1930, ano da Revolução que mudou o destino do País, a Fazenda do Sertãozinho do Mato Dentro encontrava-se dividida em 189 partes.
Sertãozinho (SP). Prefeitura. 2015. Disponível em: http://www.sertaozinho.sp.gov.br/conteudo/historia-do-municipio#.VL0cQdJ6aGU. Acesso em: jan. 2015.
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