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Já nos albores do século XVIII, as bandeiras já incentivadas pela descoberta de ouro na região, trouxeram paulistas e portugueses às margens do Rio Grande. Estes primitivos habitantes lá chegaram atraídos pelas grandes possibilidades de lá encontrarem veios auríferos. Este fato nos parece incontestável, pois observam-se, até hoje, valas e escavações, em terras de Nazareno, que datam do início do século XVIII. Este acontecimento põe à prova que o fator básico e preponderante do início da formação e mesmo da civilidade foi a riqueza do subsolo do atual município de Nazareno. O nome dos primitivos habitantes do então arraial em formação escapam ao nosso conhecimento, pois debalde foram nossos esforços na procura de notas e biografias a esse respeito. É certo, porém, que já existia, em 1725, o arraial já formado com um pequeno comércio, uma agricultura em pleno desenvolvimento e com pessoas que já se punham à faina de faiscar o ouro. Sabe-se ainda que foi no ano de 1725 que a capela de Nossa Senhora de Nazaré foi construída, em terrenos doados pelos fazendeiros Manuel Seixas Pinto e seu irmão José Gonçalves Pinto. Em 1734, a nova povoação tinha o nome de Ribeiro Fundo, sendo posteriormente alterado para Nossa Senhora de Nazaré, Nazaré é finalmente Nazareno. Os milagres atribuídos a Virgem de Nazaré, que levavam ao local constantes e contínuas peregrinações, influíram bastente no crescimento e no progresso do arraial. Em 1870, eram ainda poucas as fazendas existentes na região, admitindo-se mesmo que dois terços da área distrital pertenciam à Confraria de Nossa Senhora de Nazaré e a quatro potentados: Barão da Cachoeira, também conhecido como Barão da Ponte Nova e de Conceição da Barra, Barão de Coqueiros, Tenente Gabriel Leite e Capitão José Bernardino. Dentre os filhos ilustres de Nazareno, destacam-se o Padre José Dias Custódio que teve papel relevante, em 1831 no 'Manifesto dos Mineiros' contra D. Pedro I e o Cônego Heitor Augusto da Trindade que, de 1893 a 1955, consagrou toda a sua vida na formação espiritual de seu povo e no amparo social da comunidade Nazarenense. A fixação dos primitivos habitantes e a ocupação e o desbravamento do território tiveram como causa a exploração de ouro na região, o amanho da terra e as atividades ligadas à criação de gado. O topônimo do município é em homenagem à Nossa Senhora de Nazaré. Segundo se conta o município anteriormente denominado 'Nazaré', passou a denominar-se Nazareno, porque havia um outro município, no território Nacional, com o nome de Nossa Senhora de Nazaré. O gentílico dos que lá nascem é 'Nazarenense'.
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